quinta-feira, 24 de março de 2011

Poema visual




És o “poema visual” que a minha alma ousou escrever...
Naquele tempo vicioso nas costas do vento…
Arrisquei num louco desenho de terra e mar fundidos num beijo só…
O vento correu e fugiu de mim na promessa de união…

Eis que te olho pela primeira vez meio incrédula…
Eis que te toco e os meus medos estremecem…
Eis que as emoções se fundem a cada partilha d’olhar…

As máscaras caem…
Os medos rendem-se…
Entrego-me a ti num gesto só…
És não mais que o meu amor eterno…

Perdoa-me se silencio aquilo que me reina no peito…
Shhh… eles não te podem roubar de mim…
Perdoa-me se temo que desvaneças como um sonho perfeito...
Shhh… tudo na vida tem um tempo e a ti quero-te para sempre…
Perdoa-me se as lágrimas que nascem não chegam a cair…
Ardem-me no peito e rasgam-me a pele em segredo…
És o meu sonho ousado…
És o risco que já abracei…
És o poder que a vida tem sobre mim…

Se um dia me quiserem destruir sabem onde atacar…
Nunca antes me senti tão nua aos olhos do mundo…
A minha felicidade e paz gritam bem alto sem eu dar conta…
Escondo o meu corpo no teu e só assim faz sentido…
Tempo…
Meu inimigo de outrora é hoje meu aliado…
Corre depressa e ofegante…
Limita existências e impõe ritmo de vida…
Ao adormecer ainda estás ali junto a mim…

O tempo faz-me sorrir…
Nos meus sonhos continuas lá…
O tempo não surte efeito…
Ao acordar ainda existes…
O tempo não tem poder sobre nós, os intemporais.

Os intemporais…
Os loucos que ousam amar…
Que amam os reflexos sublimados da vida…

Amo como dás história e vida a cada objecto inanimado…
Amo esse olhar de menino guerreiro de emoções…
Amo o calor que nos une e funde…
Amo o teu toque que me faz tua, só tua…

És Príncipe Encantado do mundo dos sonhos…
És ---------, o amor do meu mundo…
Com passinhos de veludo (jeito de Balú)…
Chegaste a mim e tocaste-me…

A minha alma deu a mão à tua…
… o nosso tempo nasceu e fez-me sorrir *