- A M O R -
Conceito proibido ou sentimento desconhecido?…
Morto de fato vermelho rasgado…
Grito de guerra das ilusões animadas a dois…
Sombra proibida daqueles que ainda sagram o tempo correu…
Na sua espiral mutante…
Perdi-me no seu fim e esqueci o seu início…
Mutações d’ontem pintaram a máscara viva de hoje…
Abracei a demência solitária…
Conquistei a mestria da palavra redonda…
Hoje nada mais sei que descrever a loucura que me move…
A dormência dos meus gestos adormece os meus dias…
O meu corpo morto arrasta a procura de uma vida…
O sonho demente desenhou o oásis de emoção no qual mergulhei…
Apelidei-o de amor por querer sentir hoje e não amanhã…
Tudo aquilo que se lia e via nos filmes de antigamente…
Aquele fogo de gesto único e eterno…
Aquela pertença d’alma…
Aquela intensidade insane e proibida…
Aquele abraço único que quebra o tempo…
Mas o tempo foge-nos das mãos, a outros pertence…
Entreguei-me cedo ao oásis que não me pertencia…
Todos os meus sonhos de menina morreram naquelas areias vermelhas…
Porque numa ode perfeita ao amor, quis enganar a minha alma…
Fechei os olhos, criei a ilusão perfeita e chutei o tempo…
Foi naquele dia de chuva que me quebrei…
Não mais as palavras de mel me salvariam…
Os oásis secam, dilaceram os corações dos que loucos que tudo querem…
Sonhadora sempre fui…
Louca apressada pela sensação de te sentir…
Quis desenhar a obra de uma vida, quando ainda não sentia as minhas cores…
Os relevos que hoje brilham em mim…
Nada mais são que sombras de lágrimas vermelhas…
Essa essência do amor que jurei sentir…
De alma dormente e pele adormecida…
Vivo espectadora das personagens animadas…
Escrevo e reescrevo sobre dores e pesares d’ontem…
Culpas antigas e revividas a cada dia…
Sem entender a temporalidade da minha existência….
Viverei sempre nesta inquietude agitada…
Quis dar o passo de uma vida de uma vez só…
Por temer esse tempo que corre sem olhar para trás…
Hoje sem que sem ti nunca conseguirei dá-lo…
Serás tu que irás despertar a minha pele morta de hoje…
Que irás dar cor à minha máscara…
Prova-me que tudo não passou de um labirinto de horror…
Diz-me que não passa de um sonho distante de loucos enamorados…
Conceito morto ou vivo não sei precisar…
Chamem-lhe o que quiserem, ódio até…
Ódio que sinto, ao que a minha pele reclama...
Insanidade talvez, por acreditar num mito desconhecido…
Como os loucos dizem…
Um dia quero amar-te…
Adhara
01:41
26/08/09
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