Num segundo de mim sonhei…
Sonhei acordada que os corações falavam uma língua universal…
Dias sem fim, lutei e rejeitei o mundo que me rodeava…
Incrédula, que o amor podia destruir, criava um universo tão meu…
Hoje vejo que cada um ama de forma ímpar…
De forma singular e pessoal…
Os dias de ontem moldam essa capacidade e sentimento…
Deturpam a causa efeito e relativizam a sua intensidade…
Procurei um oásis de emoção…
Acreditei naquela imagem idealizada de perfeição…
Naquele vulto que me envolvia e ainda me prende…
Hoje rasguei as telas de ilusão…
Sou apenas uma pedra no lago que te leva à outra margem…
Nada mais sou senão escrava de uma amizade condenada pelo tempo…
Todos erguem muros seguros e sobrevivem num sorriso ameno…
Dedico-me a trepar esses muros e a acreditar que vou conseguir voar sobre eles…
Olho para o infinito embalada por uma melodia incerta…
Fecho os olhos e acredito na ideia que me embala…
Recosto-me sobre mim e abraço-me…
Eis que surge a mão de ontem, tão velha e esperada…
Vem cravar em mim mais uma vez as lágrimas perdidas…
Vem queimar a minha pele de menina…
Vem tentar fazer de mim algo inerte e insensível…
Eis que a sua força cede e eu não sinto o seu toque…
Dialectos diferentes, incompatíveis que permitem a fuga e salvação…
Quebrei a minha imagem de ontem…
Hoje sou aos olhos do mundo aquilo que fizeram de mim…
Ao mesmo tempo sou tudo o resto que sempre fui…
Escondida em mim mesma, ao alcance daqueles que me tocam…
Hoje ergui muros como os que em tempos trepei…
Venham buscar-me se conseguirem…
Amanhã um novo dia… *
Sonhei acordada que os corações falavam uma língua universal…
Dias sem fim, lutei e rejeitei o mundo que me rodeava…
Incrédula, que o amor podia destruir, criava um universo tão meu…
Hoje vejo que cada um ama de forma ímpar…
De forma singular e pessoal…
Os dias de ontem moldam essa capacidade e sentimento…
Deturpam a causa efeito e relativizam a sua intensidade…
Procurei um oásis de emoção…
Acreditei naquela imagem idealizada de perfeição…
Naquele vulto que me envolvia e ainda me prende…
Hoje rasguei as telas de ilusão…
Sou apenas uma pedra no lago que te leva à outra margem…
Nada mais sou senão escrava de uma amizade condenada pelo tempo…
Todos erguem muros seguros e sobrevivem num sorriso ameno…
Dedico-me a trepar esses muros e a acreditar que vou conseguir voar sobre eles…
Olho para o infinito embalada por uma melodia incerta…
Fecho os olhos e acredito na ideia que me embala…
Recosto-me sobre mim e abraço-me…
Eis que surge a mão de ontem, tão velha e esperada…
Vem cravar em mim mais uma vez as lágrimas perdidas…
Vem queimar a minha pele de menina…
Vem tentar fazer de mim algo inerte e insensível…
Eis que a sua força cede e eu não sinto o seu toque…
Dialectos diferentes, incompatíveis que permitem a fuga e salvação…
Quebrei a minha imagem de ontem…
Hoje sou aos olhos do mundo aquilo que fizeram de mim…
Ao mesmo tempo sou tudo o resto que sempre fui…
Escondida em mim mesma, ao alcance daqueles que me tocam…
Hoje ergui muros como os que em tempos trepei…
Venham buscar-me se conseguirem…
Amanhã um novo dia… *
Adhara
2 comentários:
Sim, todos amamos de formas diferentes. Tantas vezes tenho a minha própria perplexidade face aos sentimentos dos outros e aos meus próprios. Se é verdade que a tristeza e os dilemas nos transfiguram e nos fazem ser mais fortes também nos fazem ficar mais cépticos e mais defensivos. E assim construímos o nosso caminho, coleccionando sorrisos e cicatrizes, procurando entender a essência daqueles de quem gostamos e como atingi-la. Procuro o teu abraço e o teu sorriso, entender as nuances de ti, toda a profundidade que tu és... Se houver um muro... Que seja.
=') Minha querida... obrigado por essas palavras e mais ainda por este sentimento gritante que partilhamos à tantos anos quanto aqueles que a nossa memória alcança... =') Guardo-te para mim (f) Um beijinho enorme... salta o muro por mim ;)
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