Mão cruel é esta que me esmaga sem hesitar…
Só podia ser a mão que um dia amei…
Aquela que se entrelaçou na minha…
O meu fim terá início nessa mão…
Porque acredito em mitos que me movem…
Porque desenho os meus sonhos no céu…
Porque a minha alma não sabe estar só…
Estou destinada a essa mão que me esmaga…
Estou deitada sem forças, inanimada sem gesto de paixão…
Essa mão desfez o meu último sopro de vida…
Fez da minha esperança azul, vendaval de emoções…
Fez brincadeiras de papel com as minhas lágrimas…
Quero gritar, mas apenas sinto uma ira disforme e silenciosa…
Que me corrói, que me destrói…
Porque assim tem de ser…
Cedo por uma vez só ao que está escrito para mim…
Que dor é esta que me seca a boca e me rasga a alma?!
Assim é a minha aprendizagem…
Que me chicoteiem mais uma vez com a verdade…
Só assim ela se tornará real na minha pele…
Assim será gerada a pessoa que eu devia ser desde o inicio dos tempos…
Que as minhas lágrimas de sangue me queimem por dentro…
Que eu morra já, aqui e agora de uma vez…
Que o suspiro de menina seja enterrado…
Que se gere energia e não sonhos de papel…
Que nasçam gestos de gente crescida…
Que morra já, aqui e agora de uma vez, tudo aquilo que me desequilibra…
Com o fogo nas mãos…
Com o fogo nos gestos…
Com o fogo na alma…
Tenho de castrar este impulso que comanda o louco coração…
Mil ilusões geradas pela pressa de dar “o passo”…
O passo que nos guiará ao que o gesto solitário não alcança…
Porque queremos tudo, aqui e agora…
E a vida brinca com estes sonhos de meninos…
Loucura enigmática é esta gerada pelo ser humano…
O mundo é simples, recto, perfeito, sublime…
São os nossos gestos que nos condenam…
Não saber jogar os dados paga-se com sangue vivo…
E o tempo corre, corre…
Voa e eu continuo aqui presa em mim, presa em ti…
Estou no chão…
Olho em redor e quero ver fogo…
Consumo a minha droga hormonal passiva…
Gerada para me adormecer e anular…
Quero ver mudança… mutação… geração…!!!
Sinto-me tão fora de mim…
Mais uma pele que se rasga…
Mais um sonho que se enterra…
Mais uma lição escrita com o sangue dos meus sonhos de menina…
Assim o mundo se escurece mais um pouco diante dos meus olhos…
Assim fecho a janela e acendo uma vela só minha…
Assim fecho a porta e a minha música nasce…
Que me deixem de uma vez…
Não nasci para amar…
O meu amor não é decifrável…
Estou destinada aos jogos de sangue…
Que me deixem de uma vez…
Dêem-me uma vela e deixem-me enfim chorar.
Adhara
Só podia ser a mão que um dia amei…
Aquela que se entrelaçou na minha…
O meu fim terá início nessa mão…
Porque acredito em mitos que me movem…
Porque desenho os meus sonhos no céu…
Porque a minha alma não sabe estar só…
Estou destinada a essa mão que me esmaga…
Estou deitada sem forças, inanimada sem gesto de paixão…
Essa mão desfez o meu último sopro de vida…
Fez da minha esperança azul, vendaval de emoções…
Fez brincadeiras de papel com as minhas lágrimas…
Quero gritar, mas apenas sinto uma ira disforme e silenciosa…
Que me corrói, que me destrói…
Porque assim tem de ser…
Cedo por uma vez só ao que está escrito para mim…
Que dor é esta que me seca a boca e me rasga a alma?!
Assim é a minha aprendizagem…
Que me chicoteiem mais uma vez com a verdade…
Só assim ela se tornará real na minha pele…
Assim será gerada a pessoa que eu devia ser desde o inicio dos tempos…
Que as minhas lágrimas de sangue me queimem por dentro…
Que eu morra já, aqui e agora de uma vez…
Que o suspiro de menina seja enterrado…
Que se gere energia e não sonhos de papel…
Que nasçam gestos de gente crescida…
Que morra já, aqui e agora de uma vez, tudo aquilo que me desequilibra…
Com o fogo nas mãos…
Com o fogo nos gestos…
Com o fogo na alma…
Tenho de castrar este impulso que comanda o louco coração…
Mil ilusões geradas pela pressa de dar “o passo”…
O passo que nos guiará ao que o gesto solitário não alcança…
Porque queremos tudo, aqui e agora…
E a vida brinca com estes sonhos de meninos…
Loucura enigmática é esta gerada pelo ser humano…
O mundo é simples, recto, perfeito, sublime…
São os nossos gestos que nos condenam…
Não saber jogar os dados paga-se com sangue vivo…
E o tempo corre, corre…
Voa e eu continuo aqui presa em mim, presa em ti…
Estou no chão…
Olho em redor e quero ver fogo…
Consumo a minha droga hormonal passiva…
Gerada para me adormecer e anular…
Quero ver mudança… mutação… geração…!!!
Sinto-me tão fora de mim…
Mais uma pele que se rasga…
Mais um sonho que se enterra…
Mais uma lição escrita com o sangue dos meus sonhos de menina…
Assim o mundo se escurece mais um pouco diante dos meus olhos…
Assim fecho a janela e acendo uma vela só minha…
Assim fecho a porta e a minha música nasce…
Que me deixem de uma vez…
Não nasci para amar…
O meu amor não é decifrável…
Estou destinada aos jogos de sangue…
Que me deixem de uma vez…
Dêem-me uma vela e deixem-me enfim chorar.
Adhara
1 comentário:
Quando a vela se apagar vais querer abrir uma fresta da janela de novo e respirar...verás um mundo diferente...mas seja o que for que esteja do outro lado, é teu...o tempo é enorme...
Força...venha o que vier...sei que resistirás...ampara-te em mim...
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