Ar transparente…
Que saturas e limitas o meu voo…
Guardo-te debaixo das minhas asas…
A cada suspiro roubo e devolvo a tua alma com maior esperança…
Somo-te a cada sonho meu e liberto-te enfim…
Sussurro-te os meus desejos secretos, mas tu não me libertas…
Não abres essa mão que arde e queima existências…
Na batalha dos sentidos…
Suspirei até não restar sombra de ti…
O foque caiu sobre os sonhos incompletos que perdi no meio de mim…
Sem parar, suspirava pela redenção…
Sustive o meu instinto e apartei-me da tua existência…
És não mais do que uma ilusão vital sobrestimada…
Sou mais e maior que tu, eu sonho… eu sonho…
Consigo anular a gravidade que me prende a este chão morto…
Magia negra dos sentidos, apartei-me de ti ar transparente…
Os meus sonhos são aliados do vento vermelho…
Não mais preciso que entres em mim e me descrevas o que é voar…
Essas descrições aluadas pelo sol desdenhoso que me inquietaram a alma…
Foram grito de revolta para os meus sentidos…
Guardei uma porção de ti em mim…
Como memória de guerreiro das trevas…
Sublimei a tua força no meu voo singular…
Rasguei o teu pergaminho dourado…
Escrevi na mão o que sinto neste voo vermelho…
Não mais descrevam o que é voar, pois hoje eu voei…
Olhei os olhos do céu azul…
Sorri sem te deixar entrar em mim ar transparente…
Tu que condenarias as minhas asas à lógica de todos que te respiram…
Irias sussurrar-me as tuas regras douradas e eu iria adormecer mais uma vez…
Acordaria num corpo pouco desperto para a luz…
Marioneta das emoções d’ontem, não mais serei dos meus sonhos d’amanhã!
Em mim não entras mais ar transparente!
Sempre me preenchi contigo…
Corri por caminhos bifurcados para merecer a tua possessão…
Tornei-te instinto, deixei-me embalar pela tua história…
Adormeci… Confiei-me a ti…
Em mim não entras mais ar transparente!
Pois não mais és que fumo negro de fogueira de homens quebrados…
Se és de todos então não te tomo como meu…
Não te roubo dos que te aceitam e amam como és…
De todos aqueles que aceitam cruzar os dias sem roubar-te um voo solitário…
Desperto do velho estado instintivo e condeno-me à loucura dos céus…
Que assim seja, será a minha primeira sensação acordada…
Foste tu que sempre me prendeste as palavras soltas que eu gritava…
Neste instante abandonas o meu corpo de uma vez…
Que desespero é este o de aprender a viver sem o que me alinhava os dias…
Enlouqueço em busca do teu corpo sem silhueta decorada…
Os olhos do céu recaem sobre mim…
Os meus já não se movem na vertical à tua passagem…
Parte do meu corpo treme, ainda dependente de ti…
Resisto e fecho-me a ti ar transparente que me prendes…
As sensações como eu as conhecia cederam ao sono inanimado…
O meu coração grita, esgotando-se na tua procura…
O meu corpo perde a animação de viver…
Eis que consigo olhar para o meu corpo…
Meio incrédula as amarras quebraram-se sem dor…
A dormência do meu espírito abandonou-me por sequência…
Olho para o pouco que fui como escrava…
Da minha mão nasce mais uma lágrima instável…
Os meus olhos fechados, vêem mais agora que as cores se apagaram…
Assimilo à velocidade da luz toda esta sensação associada…
Eis que os olhos do céu, me olham e me guiam à montanha selvagem…
No seu cume o viajante espera e desespera pela minha chegada…
Nas suas mãos encontrei um pedaço de papel amargo…
Quem me escreveria uma carta d’ódio sem selo…
A missão daquele forasteiro era cruzar a minha alma ao passado…
Eu não mais possuía um corpo para chicotear…
Não mais tinha um rosto para chorar…
A minha boca já não tinha o dom de falar o tal dialecto morto…
Os meus olhos já não se prendiam às letras suspensas…
O forasteiro olhou-me e disse:
“Tu não mais existes porque escolheste voar sem o que te alimentava a esperança, quebraste o teu tempo, agora escuta o que os meus lábios vão desenhar em ti, pois este será o nosso último encontro…”
“Nos dias d’ontem...
Pousaste noutro ser semelhante a tua fé despida de medos…
A chave da tua vida, essa deixaste-a na porta…
Foi fácil aprisionar-te em ti, não esperavas que a chave rodasse no silêncio…
Gritaste aos céus por justiça e credos d’antigamente…
Continuaste esse caminho de sonhador…
Olhaste para o verde campo e sentiste nova força…
Ergueste um malmequer perfeito aos teus olhos…
Extasiada pelo seu aroma e feitiço, permitiste-lhe um beijo…
Uma gota do teu sangue caiu suspensa no seu centro…
Manchou a sua existência ilusória e assim ele se desvaneceu diante de ti…
Ilusões de perda, choraste sem saber que nada tiveste de verdade…
A chave que morava no teu bolso esquerdo esfarrapado caiu de novo…
Olhaste em volta, gritaste contra árvores e pedras mortas…
As raízes circundantes haviam traído o teu caminho…
O mundo teria roubado a tua liberdade…
As tuas amarras apartavam-te do voo perfeito…
Os teus sonhos mendigavam pela chave perdida…
Quando te perdeste-te nas ilusões, que a esperança construía na areia…
Ilusões que o mar destruía com armas prateadas à luz do Sol…
O tempo corria e tu partiste o seu ponteiro com as armas do bolso direito…
Não mais podias esperar, o teu momento era o “imediato”…
Gritavas tu, jovem tola intempéria do equilíbrio da paz…
A emoção que te preenchia queimava-te os poros e ardia em desespero…
Sublimou-se num pesadelo, em que a vida era enganada pela morte…
O tempo fugia-lhe das mãos e corria para o abraço da madrasta…
Acordavas na insignificância da tua existência e morrias de imediato…
Em tempos juraste ter sentido demais…
Noutros gritaste não sentir jamais…
Noutros tantos desenhaste o que não conseguirias alcançar…
Nessa corrida tortuosa e infindável afogavas as frustrações do teu olhar cansado…
Foste condenada no dia em que os teus olhos se perderam na floresta…
Viste o fruto proibido, desenhaste-o no teu dia-a-dia…
Tomaram-te como louca perdida de lápis na mão…
Deram-te uma máscara banal e uma alma irrequieta…
Enfeitiçaram os teus sentidos para que te levassem ao caminho dos demais…
Porque quebraste o espelho mágico?!
Porque renunciaste ao fôlego da vida?!
Porque quiseste sobrepor-te ao ar transparente?!
Nunca pousaste o teu gesto nesse indefinido…
Nunca tiveste um abraço para te embalar nesse impasse…
Abdicaste demais neste jogo de emoções…
Porque não adormeceste?! …
As ilusões dos loucos gritam quando eles caem no sono…
Fogem quando a sua existência se cruza…
Tu moldavas os sonhos e lutavas acordada…
Que elixir dos deuses loucos possuías?!
O teu aliado era Fogo ou Terra?!
Usamos armas que separavam a carne dos sentimentos do osso da alma…
A dor cegou-te e guiou-te sem intenção à desistência?!
Não sei que quimera foi esta incerta que te guiou…
Perdoa este teu “apêndice” que arde agora em curiosidade…
Talvez seja hora de me apresentar…
Sou aquele que cedeu aos estímulos mortos…
Sou o teu coração…
O amante perdido da tua alma ( essa que te possuí por completo neste momento)…
Tentei guiar-te à indiferença para me abrires a porta uma vez mais ao meu corpo relativo…
Alma mágica essa que te colocava questões e me levava à exaustão do batimento…
No jogo dos caminhos radiados tu foste mestre suicida…
Os dados cheios do teu sangue já eram cegos e tolos…
Essa que hoje te possui por completo, essa venceu-nos a todos…
O voo solitário é teu…
A tua coragem deu vida às tuas asas…
O teu corpo já não pesa mais sobre os teus sonhos…
A tua esperança soprou-te para longe…
És do tamanho do teu gesto largo…
O ar transparente quebrou-se diante de um eclipse vermelho…
Como teu coração posso dizer-te que fui um fraco guerreiro…
O movimento animado baralhava as minhas certezas…
A minha princesa estava de costas voltadas para os meus sonhos…
O tempo guiou-me ao desespero e eu cedi ao “talvez”…
Enfim a chave abriu a porta secreta…
Tu abriste as tuas asas ao mundo…
A ampulheta perdida anulou-se de vez…
Tens agora o tempo e o gesto nas tuas mãos…
A animação do teu ser é agora controlado pela tua alma…
Cedo-te o seu gesto minha princesa guerreira…
Para me estarem a ler, morri na batalha do sono dos dias…
Nunca quis travar batalha sobre as nossas cabeças…
Mas tu sabes a verdade perdida… tu sabes o nosso propósito minha amada…
Não estás presa ao vivo, apaixona-te pelo morto também…
O tempo parou, olha sem pressas, toca sem correr…
A tua alma transparente no próximo encontro solar vai ganhar cor…
O teu corpo vai ser tomado pelo quente dos dias…
A tua aura vai erguer-se e reinar de novo…
E eu… vou poder enfim dar as mãos à tua alma como sempre sonhei…
A verdade perdida é esta mesmo…
Separamo-nos para que te descobrisses menina…
Entregamos o nosso amor ao incerto em troca desta hipótese…
Condenámo-lo ao destino animado…
Acreditámos que seríamos maiores que nós próprios…
O tempo não corre mais e…
As nossas lágrimas irão fundir-se num nascer de sol perfeito…
Prepara-te para um reencontro lamechas…
À muito que não nos tocamos…
A data… o local… o momento…
Cabe aos teus sonhos e determinação alcançá-los…
Não vivas presa a mais nada, hoje que ganhaste cor…
Que me somes o quanto antes à princesa que possuís como ser…
Que o amor nos una e nos mate juntos…
Obrigado por teres acreditado no “vale encantado” dos sonhos…
Perdoa-me por todo o desespero que te fiz provar….
Já vencemos uma batalha… shhh… és guerreira de luz que voa… ;)
Ass: O teu coração perdido”
Meia perdida, meia extasiada vejo-me ainda vestida de cor pálida…
Os meus gestos ainda meio dismetricos embalam-me…
Vou adormecer…
Não sinto peso ou obrigação…
O “tic tac” parou de vez…
Vou flutuar sobre os sonhos que se escondem dos meus dias…
Irei amarrá-los às minhas certezas…
Vou dar vida ao meu coração com a cor da minha alma…
Vou correr sem parar até juntar aquilo que creio ser…
A cruzada da minha vida……………….
A minha metade… vou agarrá-la…
Vou cruzar-me contigo forasteiro dos meus dias…
Os meus sonhos… esses… já me pertencem !!
Adhara 02:57
26/08/08
Que saturas e limitas o meu voo…
Guardo-te debaixo das minhas asas…
A cada suspiro roubo e devolvo a tua alma com maior esperança…
Somo-te a cada sonho meu e liberto-te enfim…
Sussurro-te os meus desejos secretos, mas tu não me libertas…
Não abres essa mão que arde e queima existências…
Na batalha dos sentidos…
Suspirei até não restar sombra de ti…
O foque caiu sobre os sonhos incompletos que perdi no meio de mim…
Sem parar, suspirava pela redenção…
Sustive o meu instinto e apartei-me da tua existência…
És não mais do que uma ilusão vital sobrestimada…
Sou mais e maior que tu, eu sonho… eu sonho…
Consigo anular a gravidade que me prende a este chão morto…
Magia negra dos sentidos, apartei-me de ti ar transparente…
Os meus sonhos são aliados do vento vermelho…
Não mais preciso que entres em mim e me descrevas o que é voar…
Essas descrições aluadas pelo sol desdenhoso que me inquietaram a alma…
Foram grito de revolta para os meus sentidos…
Guardei uma porção de ti em mim…
Como memória de guerreiro das trevas…
Sublimei a tua força no meu voo singular…
Rasguei o teu pergaminho dourado…
Escrevi na mão o que sinto neste voo vermelho…
Não mais descrevam o que é voar, pois hoje eu voei…
Olhei os olhos do céu azul…
Sorri sem te deixar entrar em mim ar transparente…
Tu que condenarias as minhas asas à lógica de todos que te respiram…
Irias sussurrar-me as tuas regras douradas e eu iria adormecer mais uma vez…
Acordaria num corpo pouco desperto para a luz…
Marioneta das emoções d’ontem, não mais serei dos meus sonhos d’amanhã!
Em mim não entras mais ar transparente!
Sempre me preenchi contigo…
Corri por caminhos bifurcados para merecer a tua possessão…
Tornei-te instinto, deixei-me embalar pela tua história…
Adormeci… Confiei-me a ti…
Em mim não entras mais ar transparente!
Pois não mais és que fumo negro de fogueira de homens quebrados…
Se és de todos então não te tomo como meu…
Não te roubo dos que te aceitam e amam como és…
De todos aqueles que aceitam cruzar os dias sem roubar-te um voo solitário…
Desperto do velho estado instintivo e condeno-me à loucura dos céus…
Que assim seja, será a minha primeira sensação acordada…
Foste tu que sempre me prendeste as palavras soltas que eu gritava…
Neste instante abandonas o meu corpo de uma vez…
Que desespero é este o de aprender a viver sem o que me alinhava os dias…
Enlouqueço em busca do teu corpo sem silhueta decorada…
Os olhos do céu recaem sobre mim…
Os meus já não se movem na vertical à tua passagem…
Parte do meu corpo treme, ainda dependente de ti…
Resisto e fecho-me a ti ar transparente que me prendes…
As sensações como eu as conhecia cederam ao sono inanimado…
O meu coração grita, esgotando-se na tua procura…
O meu corpo perde a animação de viver…
Eis que consigo olhar para o meu corpo…
Meio incrédula as amarras quebraram-se sem dor…
A dormência do meu espírito abandonou-me por sequência…
Olho para o pouco que fui como escrava…
Da minha mão nasce mais uma lágrima instável…
Os meus olhos fechados, vêem mais agora que as cores se apagaram…
Assimilo à velocidade da luz toda esta sensação associada…
Eis que os olhos do céu, me olham e me guiam à montanha selvagem…
No seu cume o viajante espera e desespera pela minha chegada…
Nas suas mãos encontrei um pedaço de papel amargo…
Quem me escreveria uma carta d’ódio sem selo…
A missão daquele forasteiro era cruzar a minha alma ao passado…
Eu não mais possuía um corpo para chicotear…
Não mais tinha um rosto para chorar…
A minha boca já não tinha o dom de falar o tal dialecto morto…
Os meus olhos já não se prendiam às letras suspensas…
O forasteiro olhou-me e disse:
“Tu não mais existes porque escolheste voar sem o que te alimentava a esperança, quebraste o teu tempo, agora escuta o que os meus lábios vão desenhar em ti, pois este será o nosso último encontro…”
“Nos dias d’ontem...
Pousaste noutro ser semelhante a tua fé despida de medos…
A chave da tua vida, essa deixaste-a na porta…
Foi fácil aprisionar-te em ti, não esperavas que a chave rodasse no silêncio…
Gritaste aos céus por justiça e credos d’antigamente…
Continuaste esse caminho de sonhador…
Olhaste para o verde campo e sentiste nova força…
Ergueste um malmequer perfeito aos teus olhos…
Extasiada pelo seu aroma e feitiço, permitiste-lhe um beijo…
Uma gota do teu sangue caiu suspensa no seu centro…
Manchou a sua existência ilusória e assim ele se desvaneceu diante de ti…
Ilusões de perda, choraste sem saber que nada tiveste de verdade…
A chave que morava no teu bolso esquerdo esfarrapado caiu de novo…
Olhaste em volta, gritaste contra árvores e pedras mortas…
As raízes circundantes haviam traído o teu caminho…
O mundo teria roubado a tua liberdade…
As tuas amarras apartavam-te do voo perfeito…
Os teus sonhos mendigavam pela chave perdida…
Quando te perdeste-te nas ilusões, que a esperança construía na areia…
Ilusões que o mar destruía com armas prateadas à luz do Sol…
O tempo corria e tu partiste o seu ponteiro com as armas do bolso direito…
Não mais podias esperar, o teu momento era o “imediato”…
Gritavas tu, jovem tola intempéria do equilíbrio da paz…
A emoção que te preenchia queimava-te os poros e ardia em desespero…
Sublimou-se num pesadelo, em que a vida era enganada pela morte…
O tempo fugia-lhe das mãos e corria para o abraço da madrasta…
Acordavas na insignificância da tua existência e morrias de imediato…
Em tempos juraste ter sentido demais…
Noutros gritaste não sentir jamais…
Noutros tantos desenhaste o que não conseguirias alcançar…
Nessa corrida tortuosa e infindável afogavas as frustrações do teu olhar cansado…
Foste condenada no dia em que os teus olhos se perderam na floresta…
Viste o fruto proibido, desenhaste-o no teu dia-a-dia…
Tomaram-te como louca perdida de lápis na mão…
Deram-te uma máscara banal e uma alma irrequieta…
Enfeitiçaram os teus sentidos para que te levassem ao caminho dos demais…
Porque quebraste o espelho mágico?!
Porque renunciaste ao fôlego da vida?!
Porque quiseste sobrepor-te ao ar transparente?!
Nunca pousaste o teu gesto nesse indefinido…
Nunca tiveste um abraço para te embalar nesse impasse…
Abdicaste demais neste jogo de emoções…
Porque não adormeceste?! …
As ilusões dos loucos gritam quando eles caem no sono…
Fogem quando a sua existência se cruza…
Tu moldavas os sonhos e lutavas acordada…
Que elixir dos deuses loucos possuías?!
O teu aliado era Fogo ou Terra?!
Usamos armas que separavam a carne dos sentimentos do osso da alma…
A dor cegou-te e guiou-te sem intenção à desistência?!
Não sei que quimera foi esta incerta que te guiou…
Perdoa este teu “apêndice” que arde agora em curiosidade…
Talvez seja hora de me apresentar…
Sou aquele que cedeu aos estímulos mortos…
Sou o teu coração…
O amante perdido da tua alma ( essa que te possuí por completo neste momento)…
Tentei guiar-te à indiferença para me abrires a porta uma vez mais ao meu corpo relativo…
Alma mágica essa que te colocava questões e me levava à exaustão do batimento…
No jogo dos caminhos radiados tu foste mestre suicida…
Os dados cheios do teu sangue já eram cegos e tolos…
Essa que hoje te possui por completo, essa venceu-nos a todos…
O voo solitário é teu…
A tua coragem deu vida às tuas asas…
O teu corpo já não pesa mais sobre os teus sonhos…
A tua esperança soprou-te para longe…
És do tamanho do teu gesto largo…
O ar transparente quebrou-se diante de um eclipse vermelho…
Como teu coração posso dizer-te que fui um fraco guerreiro…
O movimento animado baralhava as minhas certezas…
A minha princesa estava de costas voltadas para os meus sonhos…
O tempo guiou-me ao desespero e eu cedi ao “talvez”…
Enfim a chave abriu a porta secreta…
Tu abriste as tuas asas ao mundo…
A ampulheta perdida anulou-se de vez…
Tens agora o tempo e o gesto nas tuas mãos…
A animação do teu ser é agora controlado pela tua alma…
Cedo-te o seu gesto minha princesa guerreira…
Para me estarem a ler, morri na batalha do sono dos dias…
Nunca quis travar batalha sobre as nossas cabeças…
Mas tu sabes a verdade perdida… tu sabes o nosso propósito minha amada…
Não estás presa ao vivo, apaixona-te pelo morto também…
O tempo parou, olha sem pressas, toca sem correr…
A tua alma transparente no próximo encontro solar vai ganhar cor…
O teu corpo vai ser tomado pelo quente dos dias…
A tua aura vai erguer-se e reinar de novo…
E eu… vou poder enfim dar as mãos à tua alma como sempre sonhei…
A verdade perdida é esta mesmo…
Separamo-nos para que te descobrisses menina…
Entregamos o nosso amor ao incerto em troca desta hipótese…
Condenámo-lo ao destino animado…
Acreditámos que seríamos maiores que nós próprios…
O tempo não corre mais e…
As nossas lágrimas irão fundir-se num nascer de sol perfeito…
Prepara-te para um reencontro lamechas…
À muito que não nos tocamos…
A data… o local… o momento…
Cabe aos teus sonhos e determinação alcançá-los…
Não vivas presa a mais nada, hoje que ganhaste cor…
Que me somes o quanto antes à princesa que possuís como ser…
Que o amor nos una e nos mate juntos…
Obrigado por teres acreditado no “vale encantado” dos sonhos…
Perdoa-me por todo o desespero que te fiz provar….
Já vencemos uma batalha… shhh… és guerreira de luz que voa… ;)
Ass: O teu coração perdido”
Meia perdida, meia extasiada vejo-me ainda vestida de cor pálida…
Os meus gestos ainda meio dismetricos embalam-me…
Vou adormecer…
Não sinto peso ou obrigação…
O “tic tac” parou de vez…
Vou flutuar sobre os sonhos que se escondem dos meus dias…
Irei amarrá-los às minhas certezas…
Vou dar vida ao meu coração com a cor da minha alma…
Vou correr sem parar até juntar aquilo que creio ser…
A cruzada da minha vida……………….
A minha metade… vou agarrá-la…
Vou cruzar-me contigo forasteiro dos meus dias…
Os meus sonhos… esses… já me pertencem !!
Adhara 02:57
26/08/08
2 comentários:
RENOVATIO é a palavra certa!
:´) Lindas palavras ji que me enchem a alma… consigo sentir aqui esse sentimento bom de liberdade e esperança… e sorrio… sorrio feliz por ti, pois voltaste a sonhar… :)
Beijinho grande!
PS: bela foto! ;)
... ... ...
='))))
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